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Tratamento por Ondas de Choque

A terapia por ondas de choque é uma forma de tratamento não invasiva que utiliza um aparelho, que envia ondas de som pelo corpo, para aliviar alguns tipos de inflamação e estimular o crescimento e reparação de vários tipos de lesões, especialmente a nível muscular ou ósseo. Durante o procedimento, a pessoa deve ficar em uma posição confortável que permita que o profissional consiga chegar bem no local a tratar. Depois, o técnico passa um gel e o aparelho pela pele, em volta da região, por cerca de 18 minutos. Este aparelho produz ondas de choque que penetram a pele e trazem benefícios como:

  • Reduzir a inflamação no local: que permite aliviar o inchaço e a dor local;
  • Estimular a formação de novos vasos sanguíneos: facilita a reparação da lesão, pois aumenta a quantidade de sangue e oxigênio na região;
  • Aumentar a produção de colágeno: que é importante para manter a reparação de músculos, ossos e tendões.
  • Além disso, este método também reduz a quantidade de substância P no local, que é um elemento que está presente em grandes concentrações em casos de dor crônica.
  • Na maioria dos casos são necessárias 3 a 10 sessões de 5 a 20 minutos para acabar completamente com a dor e reparar a lesão e a pessoa pode voltar para casa logo após o tratamento, sem serem necessários cuidados especiais.

 

Indicações

  • Gordura localizada
  • Celulite
  • Cicatrização de pele
  • Queimaduras
  • Feridas
  • Úlcera de decúbito
  • Linfedema
  • Flacidez tissular
  • Cotovelo de Tenista
  • Analgesia
  • Desordens musculoesqueléticas
  • Tenosinovites
  • Osteoartrose e Osteoartrite
  • Tendinopatias
  • Epicondilites
  • Fascite plantar
  • Subluxação
  • Cicatrização óssea
  • Síndrome da dor Trocanteriana
  • Esporão de Calcâneo
  • Fibrose
  • Consolidação óssea

Mecanismo de Ação e Efeito Fisiológicos

  • Mecanotransdução do sinal: é o processo pelo qual as células mecanorreceptores e parênquimas convertem estímulos mecânicos (ondas de choque) em uma resposta química, ativando os fibroblastos e aumentando a densidade das fibras de colágeno e elastina, devido a produção do neocolágeno e neo elastina.

  • Remodelagem do colágeno: o estresse mecânico ativa a mecanotransdução, estimulando a remodelagem das fibras colágenas e os fibroblastos. O tracionamento das fibras colágenas da pele, por meio do movimento do aplicador, estimula o rearranjo das fibras e melhora da maleabilidade do colágeno.

  • Estimulação da microcirculação: o aumento da circulação causa a redução na concentração de substância vasoneuroativas como a bradicinina, prostaglandina, serotonina e histamina, o que reduz a excitação dos nociceptores e promove a redução da dor. Também aumenta o transporte ativo de oxigênio e nutrientes ao tecido.

  • Liberação de óxido nítrico: o óxido nítrico é um importante vasodilatador formado nos neurônios do corno posterior da medula espinhal. Ele promove um efeito inibitório nas vias nervosas aferentes da dor, o que causa a modulação da dor.

  • Eliminação das toxinas e aumento do fluxo linfático: ativação do sistema linfático. Acelera o transporte de metabólitos da matriz extracelular. Este processo leva à drenagem linfática para redução do edema e rápida regeneração dos tecidos.

  • Liberação de fatores de crescimento VEGF (Fator de crescimento vascular endotelial), eNOS (Síntese de óxido nítrico endotelial), BMPs (proteínas ósseas morfogênicas): esses fatores auxiliam na cicatrização das tendinopatias em inserções tendíneas, além de estimular a liberação de fatores angiogênicos e neovascularização, o que melhora o fluxo sanguíneo local, promovendo a cicatrização de tendões e ossos.

  • Aumento da permeabilidade da membrana celular: decorrente do fenômeno de cavitação, onde os lipídeos na forma de ácidos graxos livres são liberados na circulação sanguínea para a oferta de energia às células (ATP).

  • Cavitação: Durante a fase tênsil (negativa), excedem a resistência à tração dinâmica da água (ou fluído intersticial) gerando bolhas de cavitação. As bolhas de cavitação aumentam e diminuem de volume e entram em colapso liberando grande quantidade de energia.

Fonte: KLD; IBRAMED